Conhecimento


Francisco Bracamonte
Sócio tributário, Kreston BSG, México

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www.krestonbsg.com.mx

A formação acadêmica de Francisco abrange graduações em Direito e Contabilidade Pública e dois mestrados em Direito Empresarial e Tributário. Ele participou do Programa de Alta Administração de Negócios da IESDE Business School. Especialista em assuntos jurídicos e tributários, com atenção especial à tributação internacional. Ele assessora empresas nacionais e multinacionais com ampla experiência em patrimônio, consultoria de sucessão e operações de reestruturação de negócios. Ele é professor de assuntos tributários há mais de 20 anos. Ele é membro ativo do Colégio de Contadores Públicos do Estado de Puebla, da Associação Fiscal Internacional e da comissão fiscal da Coparmex. Ele contribui regularmente para várias publicações nacionais especializadas em questões tributárias, participa regularmente de programas de rádio especializados e participou de congressos internacionais sobre questões tributárias. Em 2003, ele foi certificado por meio de exame pelo Instituto Mexicano de Contadores Públicos, A.C. (IMCP), com reconhecimento por ter obtido a pontuação mais alta em todo o país. Atualmente, é membro do conselho de administração da Kreston Global e diretor regional da Kreston Latin America.

 


As eleições da América Latina em 2024: Uma visão geral

março 6, 2024

Os resultados das eleições na América Latina em 2024 terão implicações para o ambiente de negócios em cada país, influenciados pelas direções políticas previstas e pelos estilos de governança dos principais candidatos ou dos partidos em exercício. Este ano, seis países da América Latina mudarão de presidente: México, Panamá, Uruguai, Venezuela, República Dominicana e El Salvador. Francisco Bracamonte, Sócio Tributário da Kreston BSG, México, compartilha suas ideias sobre as mudanças esperadas.

Eleições da América Latina em 2024: El Salvador

A única eleição que ocorreu até o momento foi em El Salvador, onde, apesar de a constituição proibir a reeleição, o atual presidente Nayib Bukele foi reeleito. Esse país teve algum sucesso na redução da criminalidade, mas com sérias dúvidas em relação ao respeito aos direitos humanos.

Eleições da América Latina em 2024: México

O restante dos países terá eleições durante o resto do ano. O México, o país mais populoso entre eles, realizará eleições. A competição é entre o candidato do partido do governo (esquerda-populista) e o candidato da aliança de oposição (centro-direita).

Embora se espere que o México se beneficie do processo de nearshoring, recebendo investimentos adicionais realocados da China, a profundidade e a velocidade desses investimentos dependerão dos resultados das eleições. O clima de negócios no México estará vinculado ao resultado das eleições porque ambas as opções têm focos diferentes em áreas importantes. Por exemplo, o partido do governo pretende limitar o investimento privado em energia, especialmente em energia verde, enquanto a oposição propõe a continuidade da política de um mercado de energia aberto e competitivo.

Onda anti-incumbente

Em geral, as eleições na América Latina terão algumas características em comum:
a) desilusão com a democracia, especialmente com os partidos tradicionais.
b) a ascensão de candidatos populistas que oferecem soluções fáceis, mas ineficientes.
c) enfraquecimento do estado de direito, desde a Venezuela, que não terá eleições livres, até híbridos como México e El Salvador, que têm eleições relativamente livres, mas com muitas práticas questionáveis.
d) aumento da polarização e falta de diálogo aberto entre os diferentes grupos políticos; e) dinheiro ilegal e corrupção.

Oportunidades de negócios na América Latina

Apesar desses desafios, a América Latina apresentará oportunidades de investimento para empresas multinacionais:

a) Baixos custos de mão de obra com um nível médio de educação e cada vez mais pessoas falando inglês.
b) Com exceção da Venezuela, a maioria dos países reconhece a necessidade do investimento privado para o desenvolvimento e a redução da pobreza.
c) Diferenças mínimas de idioma e cultura entre os países, permitindo que a América Latina seja considerada como uma única região para fins de investimento.
d) Uma tendência de inflação e taxas de juros baixas, o que acelerará o crescimento do PIB nos próximos anos; e) recursos minerais significativos e matérias-primas importantes.

Não se espera que haja mudanças significativas no clima de investimento que as empresas multinacionais precisem considerar. O México continuará a ser um destino natural para determinados investimentos, especialmente no setor automotivo e em outros setores fortemente vinculados às cadeias de produção dos EUA. Da mesma forma, outros países servirão como mercados naturais para setores específicos, como semicondutores, programação de software, mineração, agricultura, etc.

Estabilidade política

De modo geral, não há previsão de instabilidade política significativa, com exceção da Venezuela, que não recebe investimentos estrangeiros há alguns anos. Há previsões de mobilizações sociais após as eleições injustas e possivelmente mais sanções internacionais.

Em conclusão, não se espera que a América Latina passe por grandes mudanças no ambiente de negócios, exceto no caso de a oposição assumir o poder no México e implementar mudanças nas políticas de energia e mineração, o que poderia abrir as portas para novos investimentos privados.

Se quiser falar com um de nossos especialistas sobre investimentos na América Latina, entre em contato.