
Wellington Calobrizi
Sócio da Kreston KBW Auditores
Wellington Calobrizi, sócio da Kreston KBW Auditores, traz expertise em Impostos Diretos e experiência em projetos com grandes marcas. Como sócio da b2finance, estabeleceu seu primeiro escritório em Curitiba-PR, especializado em serviços de Auditoria, BPO, Consultoria Tributária, Avaliação e TI. Formado em Ciências Contábeis pela FECAP, Wellington é conhecido por seu espírito empreendedor e conhecimento em consultoria tributária.
Reforma fiscal no Brasil: Impacto nas empresas
Março 13, 2024
A reforma fiscal no Brasil, um tema que esteve estagnado durante décadas, está a ganhar força. Sendo uma economia próspera na América Latina, o ritmo a que a regulamentação está agora a ser introduzida na lei está a testar a indústria empresarial. Recentemente, a nova lei fiscal foi aprovada na Câmara dos Deputados em julho de 2023 e, em seguida, foi submetida a deliberação do Senado em outubro de 2023.
Outrora um foco central do discurso nacional, esta reforma prometia mudanças transformadoras na esfera fiscal do país. Durante esta agitação, surgiu a questão premente: Como é que as pequenas empresas iriam reagir a estas mudanças e será que existem vantagens potenciais para as PME? Para esclarecer, a BWise analisou a reforma tributária para os clientes, destacando suas possíveis implicações para as operações diárias das pequenas empresas no Brasil.
Aspectos críticos da reforma fiscal
A narrativa em torno da reforma tributária no Brasil se estendeu por décadas, culminando em um marco histórico com a aprovação do texto da PEC 45/19, peça legislativa fundamental no cerne da reforma. Várias considerações vitais surgiram quando a proposta foi analisada no Senado Federal.
Em primeiro lugar, a proposta de unificação dos impostos no âmbito do sistema do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) significou uma mudança monumental na estrutura fiscal do país. Os tributos federais, entre eles o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), o PIS (Integração Social e Formação do Patrimônio do Servidor Público) e a Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), são os mais importantes.
Financiamento da segurança social), foram objeto de reestruturação. Simultaneamente, os impostos estaduais e municipais foram objeto de uma revisão com a introdução do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Esta reestruturação tinha por objetivo dar coerência e simplicidade ao quadro fiscal existente.
Além disso, a reforma introduziu um imposto seletivo (IS) destinado a produtos com impacto na saúde ou no ambiente, marcando um compromisso com a sustentabilidade e a saúde pública. A determinação das taxas de imposto foi regida por uma Lei Complementar, acrescentando um nível de precisão legislativa à reforma. Outras deliberações incluíram debates sobre isenções e mecanismos de cashback, centrados nos sectores e populações com menor poder de compra.
A reforma fiscal e as pequenas empresas: pontos essenciais
Para as pequenas empresas enquadradas no Simples Nacional, com um
teto de receita de até R$ 4,8 milhões, o impacto da reforma tributária foi
menos pronunciado. Estas empresas poderiam continuar a tirar partido das vantagens do regime atual, embora com uma alteração do vocabulário fiscal. No entanto, várias considerações são pertinentes:
A reforma tinha por objetivo racionalizar e simplificar a estrutura fiscal, reduzindo potencialmente o número de impostos. Mesmo para as empresas enquadradas no Simples Nacional, que já seguiam um modelo tributário simplificado, a redução dos custos tributários poderia
dependerá das alterações de taxas propostas. A reforma introduziu uma oportunidade para as empresas do Simples Nacional utilizarem créditos fiscais, uma caraterística anteriormente não disponível no regime. Esta alteração poderá conduzir a um panorama financeiro mais dinâmico para estas empresas.
Outro benefício foi a possibilidade de as empresas do Simples Nacional optarem pelo Imposto sobre Valor Agregado (IVA), embora não seja obrigatório. A decisão de adotar o IVA pode ser benéfica, dependendo da posição da empresa na cadeia comercial mais alargada. Enquanto os fornecedores ou entidades fortemente envolvidas em insumos podem ter encontrado vantagens positivas no IVA, os prestadores de serviços podem ainda ter considerado o Simples Nacional um modelo mais atraente.
As empresas foram encorajadas a procurar aconselhamento contabilístico especializado para
entender como essas atualizações tributárias afetam a realização de negócios no Brasil. Este aspeto foi especialmente importante na medida em que o planeamento fiscal, facilitado pelos modelos de contabilidade em linha, se tornou uma ferramenta acessível para as pequenas empresas avaliarem a viabilidade da transição para o IVA proposto pela reforma fiscal. A BWise pode oferecer apoio estratégico, capacitando as pequenas empresas a garantir um crescimento sustentável.
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